Atuo como professora desde 1991, principalmente nas redes municipais; Viamão (RS), Florianópolis (SC) e atualmente (desde 1998) em Sapucaia do Sul (RS).
Por que sou professora? muitos alunos perguntam isso. "oh, sora porque tu não foi fazer outra coisa?" Eu sou professora porque eu gosto, porque é um dom de Deus. Eu sempre soube que um dia eu seria professora, dizia desde criança, quando os adultos tem mania de perguntar: "O que você vai ser quando crecer?" eu dizia: "professora de gente grande." Para mim "gente grande" era trabalhar com os alunos maiores ou adultos, que é o público com quem trabalho realmente.
E o ato profético da menina se cumpriu,
em janeiro de 1990, foi a solenidade de colação de grau da profª Denise, juramentista da turma 149/1.
Por que História? muitos alunos também questionam o porque de eu ter escolhido esta disciplina para lecionar, alguns dizem: "sora, tu é legal, mas essa matéria é muita chata..." O pior é que quando eu estudava, até a 6ª série, eu também achava muito chata esta matéria, mas na 7ª série chegou uma professora nova na escola (E.E.Dom Diogo de Souza, estudei todo o ensino fundamental e médio lá, quando terminei o médio, recebi uma Menção Honrosa por constância e fidelidade à escola, chique hein...), a profª Sônia, se hoje sou professora de História é graças à ela, e ela nem sabe disso, sua maneira de nos ensinar a matéria me encantou, nada de "decorebas" mas questionamentos, nós podiamos opinar, discutir, debater, concordar, discordar, mas para tanto era preciso ler, saber o conteúdo. E, talvez aí esteja o grande diferencial, eu gosto de ler! E agradeço muito à minha mãe (Elza) por isso, uma devoradora de livros, me colocou, desde criança este hábito, nunca fui uma criança de ver televisão, mas de ler livros, livros infantis, gibis, fui crescendo, livros infanto-juvenis, juvenis, era uma aluna assídua na biblioteca da escola para retirar livros, para mim e minha mãe. E a paixão pela História surgiu da união da profª Sônia com a leitura da trilogia "O Tempo e o Vento" de Érico Veríssimo, desde então procuro literatura que aliem-se a fatos históricos, como por exemplo "A escolha de Sofia de Willian Styron", "Olga de Fernando Morais". "1968, o ano que não terminou de Zuenir Ventura" e muitos outros.
após uma cirurgia, precisava reaprender a respirar, e o médico indicou uma ativvidade física, quem sabe a natação, ou até mesmo o ballet, que foi o escolhido e virou paixão.
Qualquer lugar era palco para eu dançar, atravessava a rua dançando, fazia piruetas onde estivesse, toda cadeira era uma barra, meu presente favorito era discos de valsas (valsas vienenses...)
Saudades da minha primeira professora, Sarita...
A grande emoção vivida, foi assisitr ao espetáculo da Companhia de Dança do Ballet Bolshoi, numa das raras vezes em que estiveram em Porto Alegre. Guardo na memória a beleza da dança, o som das saptilhas das bailarinas no tablado e o agradecimento do meu pai que a pricípio me levou contrariado, mas acabou se rendendo e encantando-se pelo maravilhoso espetáculo.
Hoje ficou a saudade e ainda guardo a primeira sapatilha, furada...

